quinta-feira, 30 de junho de 2011

Porque tanta violência com o povo defensor da floresta?

 Se os empreendimentos que ocorrem  nestas terras, seja a construção da usina hidrelétrica no rio Xingú, seja a abertura das florestas, agora com  a possibilidade da permissão do novo Código Florestal - para pastagens ou para derrubada de árvores pelas madeireiras, fossem algo legítimo, apoiada pelo povo brasileiro, careceria matar os que são contra? Se estão matando pessoas, ameaçando outras que lutam pela floresta em pé, será que não tem algo bem sujo nisso? 


Ocorre que, além das doenças e do alcoolismo, os madeireiros levaram também aos indígenas o aliciamento, o suborno, para que permitissem a derrubada de árvores em suas terras. “Em troca da concordância de alguns líderes, os madeireiros lhes davam dinheiro e até automóveis”, revela o cacique, que esteve por duas semanas em Brasília em busca de proteção à sua vida e à de outros líderes Suruí junto à Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República (SDH/PR).

O cacique afirma que os madeireiros espalham que floresta é atraso. “E aí eles falam que precisa matar quem quer atrasar o progresso. Eles mandam recado. Os madeireiros é que falam em matar. Não é o empresário. Ele manda o “toreiro” (o indivíduo que derruba a árvore e prepara a tora para transporte). Depois é que o empresário compra. Deve dar muito lucro. Por isso mandam matar. Eles dizem: tem de matar o Almir que aí os outros líderes recuam.”
 
“Minha morte está encomendada. Em algum ponto da floresta está sendo preparada uma emboscada. Só estão esperando uma situação mais favorável.”

A sociedade espera que a proteção chegue antes do pistoleiro.

E como se não bastassem estes atentados contra a vida, os povos da floresta ainda sofrem com violência da própria polícia... eles estão sendo violentados de diversas maneiras, seja moralmente, seja fisicamente!

Tomados pelo desespero de um futuro incerto, ribeirinhos que estão sendo ameaçados pelo alagamento de suas casas diante da aprovação da construção da usina no rio Xingú, abandonam seus lares para se aglomerarem em locais sem a mínima condição para recebê-los. As regiões próximas ao empreendimento não possuem infraestrutura para as pessoas que já vivem nestes locais e a situação encontrada é de caos.

Segundo matéria publicada no site do MAB - Movimento dos Atingidos por Barragens:

Os moradores de uma área que será alagada pela barragem e que ocuparam um terreno na parte alta da cidade sofreram dois despejos violentos pela polícia. Segundo os moradores, a polícia atuou sem mandado de reintegração de posse e usou balas de borracha e bombas de gás para despejá-los. Durante a ação, muitas pessoas foram detidas e levadas a delegacia.
Segundo informações da Polícia Civil, a área ocupada pertence à Eletronorte, a principal acionista de Belo Monte.

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